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quinta-feira, 9 de junho de 2011

TEATROS INFANTIS


Teatrinho para o Dia das Crianças - AS PRIMEIRAS NUVENS - WILSON R. VICENTE

MATERIAL NECESSÁRIO:

Roupas típicas de alguns países mais conhecidos para as crianças vestirem; roupas de camponeses; vários cartazes sobre os direitos das crianças; roupas imitando cogumelos; discos com músicas folclóricas e jogo de luz.

CENÁRIO ÚNICO

Sentada em um tronco de madeira, Ana Luíza conversa com seus amiguinhos Cogumelos l e 2. Ela veste um traje típico de camponesa em tons azul e branco.

Cogumelo l: Bom dia, linda menina.

Cogumelo 2: Veja como este dia está bonito!

Ana Luíza: Bom dia, meus amiguinhos da floresta.

Cogumelo 1: Você sabe, linda menina, que hoje estamos aqui muito mais contentes porque é...

Ana Luíza: ... o Dia da Criança!

Cogumelo 2: Que menina mais inteligente.

Ana Luíza: É por causa deste dia que estou usando um vestido novo. E espero que meus amigos também possam ter uma roupa nova.

Cogumelo 1: Você acredita que todos possam ter uma roupa nova?

Cogumelo 2: Espere um pouco, companheiro (interrompendo). Hoje só vamos falar de coisas boas e fazer companhia a esta linda menina.

Ana Luíza: Não, meus amiguinhos. Hoje vamos falar de tudo que se relacione com as crianças de todo o mundo.

Cogumelo 1: E será que todas as crianças no mundo sabem que hoje é o dia delas?



Ana Luíza: Eu, sinceramente, gostaria que elas pudessem ter nascido num lar tão bonito como o meu. Esta seria minha maior felicidade.

Cogumelo 1: E sobre a pergunta que eu fiz? Eu não conheço bem o mundo dos humanos...

Ana Luíza: Eu também não conheço. Sei algumas coisas pelo que ouço dos adultos; outras eu vejo.

Cogumelo 2: Isso acontece com a gente na floresta. Mas você, que vive nos campos, também conhece a cidade.

Ana Luíza: A cidade é o progresso. Ela é muito bonita com seus prédios maravilhosos, seus carros e muita coisa que não sei descrever.

Cogumelo 1: Eu gostaria de viver na cidade e conhecer tudo isso.

Entram Maurice, Ivete e Mari, amigos de Ana Luíza, vestidos também de camponeses.

Ivete: Mas vocês vivem nesta floresta tão bonita e querem ir para a cidade?

Cogumelo 2: Eu prefiro a floresta, o ar puro. Dizem que na cidade não se consegue respirar direito.

Cogumelo 1: Meu irmão prefere as coisas velhas, tradicionais.

Cogumelo 2: Nem sempre o velho é pior. Veja o que temos de bom aqui.

Mari: Você tem razão (falando para o Cogumelo 2). As pessoas, durante muito tempo, procuraram o progresso, as facilidades, e hoje estão se voltando mais para a natureza...

Maurice: E somos nós, os pequenos, que devemos preservar as florestas, os rios, a vida natural, para poder ter um futuro tranqüilo.

Ivete: Viemos para fazer uma grande festa pelo Dia da Criança.

Mari: O Maurice, que sabe desenhar muito bem, fez vários personagens em cartazes sobre o dia de hoje nas várias regiões do mundo.

Cogumelo 1: Então, tragam os cartazes para colocarmos neste espaço. (Mostra o espaço livre do palco.)

Cogumelo 2: Assim eu também vou conhecer as regiões do mundo e saber como são as pessoas.

Ana Luíza, Ivete, Mari e Maurice vão buscar os cartazes. (Podem ser de diversas maneiras, mas em tamanho grande, para que a platéia possa identificar a vida das crianças nas várias partes do mundo. O desenho deve mostrar coisas boas e ruins, inspirado nos direitos das crianças.)

Cogumelo 1: Você sabe desenhar muito bem, Maurice. Você tem um grande dom e deve cultivá-lo.

Cogumelo 2: Toda criança tem um dom e os adultos devem ajudá-la a desenvolvê-lo.

Ana Luíza: Olhando esses cartazes, eu pensei que pelo menos hoje seria muito bom que todas as cenas fossem bonitas...

Ivete: Esse é o desejo de todos nós, não é mesmo?

Mari: Claro que é. Mas acredito que somente se o mundo fosse dirigido pelas crianças isso seria possível.

Maurice: Eu procurei retratar o que acontece com as crianças de todo o mundo. Também gostaria de registrar e desenhar somente coisas boas. Mas o mundo é dirigido pêlos adultos e eles não pensam como nós.

Cogumelo 2: Eles podem até pensar, mas não fazem, não executam. Estão sempre preocupados com o progresso, que é importante, mas que deveria estar voltado para benefício da humanidade.

Ivete: Nós trouxemos um presente para vocês (falando para os cogumelos), e para você, Ana Luíza, que é nossa amiga e sabe tão bem amar as coisas da natureza.

Ana Luíza: Mas eu só faço aquilo que meus pais me ensinaram, e eu passei a acreditar que é o melhor para as crianças e para os adultos também.

Maurice: Você nos fez conhecer muita coisa bonita, como estes cogumelos, obra do Criador e da natureza.

Cogumelo l: Muito obriga do por suas palavras.

Mari: Ana Luíza, qual o seu maior desejo?

Ana Luíza: Além da felicidade das crianças em todas as partes do mundo, eu gostaria que as nuvens fossem azuis, embora eu goste também das brancas, num dia como hoje...

Maurice: Mas quando vai chover e ficam negras, você fica com medo...

Ivete: Nós também ficamos, pois desabam temporais.

Cogumelo 2: É por isso que nós temos estes chapéus (apontando para a cabeça) que nos protegem. Mas as chuvas são necessárias...

Mari: Antes da surpresa, temos um presente para todas as crianças...

Maurice: Todas as crianças devem ser respeitadas pêlos adultos, têm direito a um lar, têm direito a estudo, têm direito a uma casa para morar e não viver pelas ruas, abandonadas.

Cogumelo 1: Parece que o reino da Terra ainda será dos homens egoístas, que criam bombas para destruí-lo e acabar com tudo que temos de natural e bonito.

Ana Luíza: E as surpresas, meus amiguinhos?

Com efeitos musicais e de iluminação, um grupo entra vestido igual aos personagens, para várias apresen-tações de danças folclóricas com temas de camponeses ligados à natureza, à floresta, ao meio ambiente. Poderão ser recitados poemas sobre as crianças, devidamente ilustrados por outros camponeses do grupo encenador. Com roupas típicas de alguns países, outro grupo mostra as situações das crianças de acordo com as cenas dos cartazes preparados pelo personagem Maurice.



Depois das apresentações:

Ana Luíza: Que beleza! Vocês é que merecem ser homenageados por terem esta ideia. Espero que as coisas melhorem de verdade para todas as crianças do mundo.

Ivete: Acredito que, se as crianças também começarem a cobrar dos adultos os seus direitos, algo deve mudar no futuro.

Efeitos de iluminação.

Ana Luíza: Mas o que está acontecendo?

Ivete: Olhe para o céu.

Ana Luíza: O sol está muito forte...

Mari: Olhe o que está acontecendo!

Ana Luíza: (olhando para o alto, assim como todos os outros) Mas são as minhas nuvens azuis. Sempre as desejei, para não ficar com medo quando chove.

Cogumelo l: De vo dizer que também estou contente, pois sempre temia as nuvens negras antes dos temporais. Eu nunca tive coragem de dizer isso para ninguém.

Ivete: Aprenda a ser sincero e você viverá muito melhor. Será mais autêntico e terá muitos amigos.

Cogumelo 2: (falando para o irmão) Quero ver como você se sairá quando for para a cidade grande, pois lá há tanto barulho...

Ana Luíza: Nem sei como agradecer. Foi você quem pintou as nuvens? (Pergunta para Maurice.)

Maurice: Não. Eu tenho talento, mas não para tanto. Este é o milagre da fantasia das crianças e da própria natureza.

Mari: Então, com todas as crianças vamos brindar e comemorar as primeiras nuvens azuis no céu iluminado.

Ana Luíza: Que todas as florestas do mundo sejam preservadas, e todas as crianças sejam tratadas com muito carinho e que seu mundo particular e pequeno seja entendido pêlos adultos que as criam e as educam para o amanhã.

Confraternização final de todos os personagens, podendo ser completada por um número musical.


Fonte: Grupo Professores Solidários

Os três porquinhos - teatro


Narrador 1: Contam que antigamente, no tempo em que porco era gente moravam na floresta três gordo porquinhos: linguiça, salsicha e torresmo.

Narrador 2: A vida para eles era pura alegria. Um dia, resolveram construir uma casa para morar, pois descobriram que ali por perto havia um lobo muito mal.

Narrador 1: Então saíram caminhando pela floresta procurando um lugar para construir suas casinhas. No caminho eles iam cantam:

Música dos três porquinhos:


Quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau...
Quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau...

Narrador 1: Linguicinha, já cansado de andar, encontrou palhas secas pelo caminho e resolveu construir sua casa ali mesmo.

Linguicinha: Vou construir minha casa de palha, assim acabo rapidinho e terei muito tempo para brincar e cantar.

Narrador 2: Salsicha e torresmo continuaram pelo caminho e cantando alegremente até que a poucos metros da casa de linguicinha salsicha encontrou um homem distribuindo pedaços de madeira e teve logo uma idéia:

Salsicha: vou fazer a minha casa de madeira, pois quero ter uma casa bem bonita sem gastar muito o meu tempo.

Narrador 1: Torresmo como era muito preocupado e o mais responsável demorou a achar um bom lugar para construir sua casinha. Assim que encontrou decidiu:

Torresmo: quero uma casa sólida e segura, por isso vou fazê-la de tijolos.

Narrador 2: e torresmo ficou dias e dias trabalhando na sua casinha.

Narrador 1: O lobo, que vivia morto de fome, começou a sentir cheiro de suculentos porquinhos e saiu pelo caminho farejando e cantando:


Música do lobo:


Eu sou lobo mau, lobo mau, lobo mau
Eu pego os porquinhos pra fazer mingau!


Narrador 2: de repente, o lobo avistou um acasinha de palha com cheiro de porquinho fresquinho

Lobo: Porquinho, ó porquinho! Abra esta porta ou eu derrubarei.

Linguicinha: Vá embora seu lobo, que a porta não vou abrir.

Narrador 1: O lobo, então encheu o peito de ar e deu um sopro bem forte , e a casa do linguicinha foi pelos ares

Narrador 2: Lingucinha fugiu bem depressa para a casa de salsicha e avisou-lhe que o lobo estava vindo atrás dele.

Lobo: Oba! Ao invés de um porquinho agora eu tenho dois para comer!
Abram logo esta porta, seus porquinhos! (lambendo os beiços)

Os dois porquinhos: Nós na abriremos (falam tremendo de medo)


Narrador 2: O lobo, então encheu o peito de ar e deu um sopro bem forte , e a casa do Salsichinha foi pelos ares.


Narrador 1: Os dois irmãos que estavm sempe cansado, desta vez correram muito e foram para a casa do toresmo gritando:


Os dois porquinhos: Abra! O lobo está atrás de nós! SOCORRO!

Torresmo: Entrem! E pode deixar que aqui esse lobo não tem vez!

Narrador 2: O lobo chegou todo feliz, pois agora, em vez de dois, teria três suculentos porquinhos para comer.


Narrador 1: e o lobo pôs-se a gritar:

Lobo: Abram logo esta porta! Vocês sabem do que sou capaz!

Torresmo: Não e não, seu lobo! Na minha casinha não o deixarei entrar.

Lobo: Vocês é que pediram, então não reclamem. (lobo sopra e nada acontece)

Torresmo: viu seu lobo? Aqui você não entra!

Narrador 2: O lobo cheio de raiva, tentou entrar na casa de outras maneiras. disfarçou-se de carteiro, mas não conseguiu enganar torresmo.


Narrador 1: tentou convencê-lo de que desitiu. convidou-o para pegar maçãs em um pomar bem perto, mas torresmo, que não era bobo, não caiu na conversa do lobo.

Narrador 2: a raiva do lobo foi aumentando, aumentando, até que ele viu a chaminé e decidiu descer por ela.

Narrador 1: só que ele não contava com a esperteza de Torresmo.

Lobo: Agora vocês não me escapam. (e o lobo cai dentro do caldeirão e começa a gritar muito)

Narrador 2: É mas escaparam sim!

Narrador 1: Porque o lobo caiu dentro de um caldeirão quente.

Narrador 2: Dizem que está correndo até hoje, pela floresta e todo sapecado.

Narrador 1: E nem quer ouvir o nome dos três porquinhos.

Narrador 2: Linguicinha e salsicha aprendera a lição e agora vivem felizes com torresmo sempre a cantar:

Música final:

QUem tem medo do lobo mau,
lobo mau, lobo mau.
QUem tem medo do lobo mau,
Tra lá, lá, lá






Fonte: Grupo Professores Solidários, contribuição de Lilian Amadei

A FADA DO OUTONO


NARRADOR: A vida corria tranqüila naquele povoado. Manuel fazia o pão como todos os dias. Carolina vendia o peixe como todos os dias. Alexandre, o carteiro, fazia a entrega das cartas, como todos os dias. Só algo parecia ser diferente, era a Casa dos Três Pinheiros. Tratava-se de uma formosa construcão do século passado que estava abandonada, e até havia quem dizia que ali vivia um fantasma. Pois bem, nesta casa estava se passando algo muito estranho. Pela tarde, na saída da escola, Bruno e Luís voltavam à casa pelo caminho do bosque, eram as últimas tardes do verão e eles gostavam de escutar os passáros e ver os bichinhos que ali viviam.

BRUNO: É uma pena que o verão está terminando, Não é, Luís?
LUÍS: Sim, mas as outras estacões também são formosas. Ei Bruno, parece que tem alguém nos Três Pinheiros!
BRUNO: Que estranho. Quem andará por aí ?
LUÍS: Vai ver que tem um fantasma lá.
NARRADOR: Os meninos foram se aproximando da mansão.
LUÍS: Olha, Bruno, estou ficando com um pouco de medo.
BRUNO: Não tenha medo! Certamente é alguém acabou de se mudar. Venha, vamos ver !
NARRADOR: Bruno e Luís se aproximaram de uma janela que estava entreaberta, e olharam para o interior, ali viram a uma formosa mulher que cantarolava uma melodia enquanto cozinhava.
BRUNO: Está vendo! É o que eu disse! É uma nova vizinha.
FADA: Olá garotos ! Entrem, entrem.
NARRADOR: Os meninos entraram na casa e viram que não parecia que estava tantos anos abandonada; tinha almofadas, cortinas e os movéis não tinham nem um cisco de pó.
LUÍS: Tudo está tão lindo! Você deve ter tido muito trabalho para deixar tudo isto limpo !
FADA: É verdade... Mas sentem e comam uma tortinha , venha são para vocês.
Meninos: Para nós? Mas, Como? Se você não sabia que a gente vinha. Ou sabia ?
FADA: Como não ia saber se eu sei de tudo.
Meninos: Tudo ?
FADA: Eu sou Tiana, a Fada do Outono.
MENINOS: Uma fada! Nós nunca vimos uma.
NARRADOR: Tiana trouxe um prato com muitas tortinhas de todas as cores, que pareciam cochichar.
LUÍS: Ah, que bonitas! Podemos comer ?
FADA: Mas é claro ! Para isso as fiz.
NARRADOR: Os garotos se aproximaram do prato para comer uma tortinha quando escutaram uns murmúrios.
TORTINHAS: A mim , a mim, comam a mim. Não eu, eu quero ser comida primeira. Shhhhh, calada, calada.
NARRADOR: As tortinhas falavam !
LUÍS: Mas, estas tortinhas falam ! São tortinhas de fada e são mágicas.
BRUNO: Mágicas ? e o que fazem ?
FADA:Ensinam a amar o outono. Recordas que eu sou uma fada do outono , eu sacudo as árvores com a minha varinha para que as folhas caiam, e vou pintando o bosque de cores douradas com um pincel mágico.
NARRADOR: Bruno e Luís estavam entusiasmados, e olhavam tudo as suas voltas e em cima de um armário viram três potes que pareciam ser de ouro.
LUÍS: Que potes tão bonitos ! O que guardas aí?
NARRADOR: Tiana baixou os potes com muito cuidado e colocou em cima da mesa.
FADA: Neste primeiro guardo o vento do outono.
MENINOS: Uauuuuu !
FADA: No segundo guardo as primeiras chuvas do outono, e no terceiro guardo os raios do sol de outono.
BRUNO: Que bonito é o outono !
LUÍS: E para que os guardas aí ?
FADA: Quando o verão está terminando , eu levanto as tampas dos três potes, e deixo sair o vento, a chuva e os raios de sol.
BRUNO: Pois sim, o outono vai ser bonito.
FADA: Todas estacões são bonitas, só é preciso que se pare e dê uma olhada ao redor.
NARRADOR: Bruno e Luís , compreenderam que o outono também era bonito.
Correram para a casa , e quando chegou o outono aproveitaram o vento, os raios do sol...e até a chuva.

PERSONAGENS:
A água
O ecologista
O sol
várias crianças



DESENVOLVIMENTO


1ª Personagem — Uma menina representando a Água

FALA:
— Há, como é triste ser Água...!
— Fui feita para matar a sede, limpar, lavar, repor energia, dar vida!
— Vejam como estou agora:
* Fraca, cada vez mais poluída, indefesa.
— Não sei o que fazer!

2 ª Personagem – Um menino, representando um Ecologista

FALA:
— É amiga Água, tenho brigado muito para te defender, mas são poucos os que me escutam. Alguns homens se reúnem, discutem, falam em te proteger, que estão preocupados em evitar que te maltratem tanto, que acabes sumindo da terra, mas são muitos, os que não estão, nem ai para você.
— Não fique triste minha amiga, eu vou continuar lutando para despertar nos homens, a consciência pela tua importância. Mostrar para eles que sem você é impossível a vida na terra, para qualquer ser vivo.
3ª Personagem – (Menino ou menina) O Sol
FALA:
— É, eu estou decepcionado com a humanidade.
— Agora, com a escassez de água, tenho que aumentar o meu calor.
— Não consigo me controlar.
— Estou fazendo mal a terra, sem querer.
2ª FALA DA ÁGUA
— Vejam meus amigos, já não consigo nem sequer seguir meu ciclo normalmente, pois falta EU, a água, muitas vezes...
— Eu tenho que estar nos corpos para sair no suor.
- Eu tenho que estar nas plantas e nos animais, para sair em vapor
- Tenho que subir para a atmosfera, ser aquecida pelo meu amigo SOL, virar nuvens fofinhas.
--Tenho que ficar geladinha, pesada, tão pesada que desça de lá como chuva. Ah, como é gostosa essa brincadeira, traz vida e felicidade aos seres vivos.
— Por favor!!! Cuidem de mim, eu não quero acabar, e chora.

RETORNAM AO PALCO: O SOL, ECOLOGISTAS E OUTROS PERSONAGENS.

Ao redor da água, começam a cantar:

A Água é minha amiga
Com ela posso contar
Pra lavar e tomar banho
E minha sede matar
Vamos todos protegê-la
E a natureza preservar
Resgatar suas nascentes
Para ela não faltar
Não fique triste amiga Água
De você vamos cuidar
Conscientizar a humanidade
Para a vida que nos dás



Três dicas para proteger a água
1ª Não deixar a torneira aberta enquanto escovar os dentes;
2ª Não demorar no banho;
3ª Não desperdiçar água ao lavar carros e calçadas.

Você Sabia?
Que lavar roupa em um tanque por 15 minutos, consome 135 litros de água?Solução: Juntar roupa na água para lavar de uma só vez e enxaguar todas ao mesmo tempo sem a torneira o tempo todo aberta.
Escovar os dentes em 5 minutos com a torneira aberta, gasta 80 litros de água?
Solução: Se fechar a torneira enquanto escova os dentes. Economiza-se 79 litros de água.
Um banho de chuveiro de 30 minutos consome 243 litros de água?
Solução: Fechando o registro enquanto nos ensaboamos, gastaremos apenas 81 livros de água.
Lavar a louça por 15 minutos com a torneira aberta, gasta 243 litros de água?
Solução: Fechar a torneira para ensaboar a louça, gasta-se 20 litros de água.
Fonte: professoressolidarios@googlegroups.com

Teatro - A Páscoa do Coelhinho Cinza



(Qual é o Verdadeiro Significado da Páscoa?)

Personagens:Coelhinho Cinza
Vovô Coelho
Coelho Sábio (Conselho de Páscoa)
Coelho Azul (Conselho de Páscoa)
Coelha Rosa (Conselho de Páscoa)
Coelhinha Dani
Coelhinho Zeca

Cena 1Vovô Coelho e Coelhinho Cinza estão brincando num canto. Coelhinho Cinza tenta responder as adivinhações feitas pelo Vovô Coelho.
Coelhinho Cinza Mais uma Vovô! Diz mais uma!
Vovô Coelho Deixa eu ver se eu me lembro... Na minha idade a memória não ajuda... Ah, já sei! O que é, o que é: tem orelha de Coelho, rabo de coelho e não é coelho?
Coelhinho Cinza Ah, Vovô, essa é fácil! O que tem orelha de coelho, rabo de coelho e não é um coelho? Todo mundo sabe essa!
Vovô Coelho Ah, Coelhinho Cinza! Você sabe mesmo?
Coelhinho Cinza (Perguntando para a platéia) Vocês sabem essa? O que tem orelha de coelho, rabo de coelho e não é um coelho? (Espera a resposta da platéia por um tempo e depois fala para o avô e para a platéia) É... uma coelha!
Vovô Coelho Ah, Coelhinho Cinza! Você é muito esperto! Um dia vai ser um "Coelho da Páscoa"!
Coelhinho Cinza Pergunta outra vovô!
Vovô Coelho Essa eu quero ver: O que é, o que é: o que está no meio do ovo?
Coelhinho Cinza (Fala para a platéia) Alguém sabe essa? (Espera a resposta da platéia por um tempo)... é a letra "v"!
Vovô Coelho Muito bem, muito bem!
Vovô Coelho e Coelhinho Cinza podem fazer novas perguntas à platéia, "adivinhas" relacionadas a coelhos ou ovos ou páscoa. Acrescentar aqui perguntas sobre o significado dos símbolos típicos da Páscoa, como "ovo de Páscoa" ou "coelho de páscoa".
Coelhinho Cinza Vovô Coelho, será que eles vão me selecionar para o teste de "Coelho da Páscoa"?
Vovô Coelho Claro, a qualquer momento vão bater à porta e vão chamar você!
Coelhinho Cinza Verdade?
Vovô Coelho Claro!
A campainha toca ou batem a porta, Vovô Coelho vai atender
Coelhinho Cinza Ai, que aflição! Será que é a carta me convocando para o teste de "Coelho da Páscoa"?
Vovô Coelho volta com uma carta na mão
Vovô Coelho Carta para o Sr. Coelhinho Cinza, urgente!
Coelhinho Cinza Meu nome é "Coelhinho Cinza", e não "Coelhinho Cinza Urgente"!
Vovô Coelho Ah, ah, ah! Esse meu neto!
Coelhinho Cinza Leia para mim, vovô!
Vovô Coelho abre a carta e lê.
Vovô Coelho (Lendo a carta) Prezado Coelhinho Cinza: você foi pré-selecionado para o teste de "Coelho da Páscoa" deste ano. Esta tarefa é muito importante e para ser escolhido precisa realizar um teste e responder qual é o verdadeiro significado da Páscoa para você. Compareça à comissão de Páscoa para realizar o teste e, quem sabe, ser aprovado. Boa sorte!
Coelhinho Cinza Puxa vida! Como vou responder isso! Eu não sei o verdadeiro significado da Páscoa!
Vovô Coelho Você vai ter de pesquisar e estudar sobre esse assunto!
Coelhinho Cinza O que é "pesquisar"?
Vovô Coelho Ora, é procurar as respostas ao que se quer saber!
Coelhinho Cinza Procurar? Onde?
Vovô Coelho Em todo lugar! Depende da pesquisa: pode ser em livros, pode ser em jornais, revistas ou ouvindo um programa no rádio ou na televisão... Até na Internet! Pode ser entrevistando quem conhece o assunto, por exemplo...
Coelhinho Cinza Então vou pesquisar! Tchau, Vovô Coelho!
Coelhinho Cinza abraça o avô e sai correndo.

Cena 2
Coelhinho Cinza encontra sua amiga Coelhinha Dani.
Coelhinha Dani Coelhinho Cinza, onde vai com tanta pressa?
Coelhinho Cinza Coelhinha Dani! Precisa me ajudar!
Coelhinha Dani Claro que ajudo!
Coelhinho Cinza Preciso descobrir o significado da Páscoa!
Coelhinha Dani Ah, só isso? Páscoa é quando tem um feriadão e o "Coelhinho da Páscoa" traz ovos de açúcar e chocolate!
Coelhinho Cinza Só isso? Tem certeza?
Coelhinha Dani Bom, posso perguntar pra nossa amiga Coelhinha Débora... Ela mora lá na Itália, talvez em outro lugar o significado seja outro!
Coelhinho Cinza Pergunta, pergunta!
Coelhinha Dani Espere um minuto! (tira um celular de uma bolsa ou bolso e telefona) Oi, Coelhinha Débora? Adivinha só! O Coelhinho Cinza quer saber o verdadeiro significado da Páscoa! Ah, espere um pouco
Coelhinho Cinza O que foi?
Coelhinha Dani Ela disse: PASCOA... Morrer para seus desejos mais profundos. Entregar os sonhos. Esquecer de si. E , não mais que então, os desejos, os sonhos, o EU vive!
Coelhinho Cinza Puxa, que lindo! E o que isso significa?
Coelhinha Dani (dá "tchau" e desliga o telefone) Não sei... Deve ser o significado da Páscoa para ela... talvez haja mais de um significado, um para cada um!
Coelhinho Zeca entra.
Coelhinha Dani Ei! Coelhinho Zeca!
Coelhinho Zeca Oi! Olhem só, cortei o meu pelo para a chegada da Páscoa!
Coelhinho Cinza Qual o significado da Páscoa para você?
Coelhinho Zeca Todo mundo sabe que a Páscoa é a comemoração da chegada da primavera, quando o frio vai embora! Por isso cortei meu pêlo!
Coelhinha Dani Colelhinho Zeca, você é muito desligado! Isso é lá no hemisfério norte! Aqui, a Páscoa coincide com a chegada do frio!
Coelhinho Zeca Puxa, por isso que eu estava me sentindo meio congelado! Obrigado por me avisar!
Coelhinho Zeca sai. (Coelhinho Cinza pergunta para outros coelhos, caso haja necessidade de mais personagens, um a um sobre o verdadeiro significado da Páscoa).
Coelhinho Cinza Puxa! (Vira-se para a platéia e pergunta um a um a quantos espectadores quiser, alunos, colegas, professores) Qual é o verdadeiro significado da Páscoa para você?
Depois de perguntar a vários espectadores, volta a falar com a Coelhinha Dani
Coelhinha Dani E agora?
Coelhinho Cinza Vou pesquisar na biblioteca! Tchau!
Coelhinho Cinza abraça a Coelhinha Dani e sai correndo.

Cena 3Coelhinho Cinza entra em cena com um livro enorme.
Coelhinho Cinza Está na hora de encontrar a comissão de Páscoa e eu ainda não sei o verdadeiro significado! Aqui diz várias coisas, olhem só: (pega o livro e lê)
1- Antigamente, a Páscoa tinha o significado de libertação;
2- Páscoa, na língua hebraica é "pessach", que significa "passagem";
3 - Festa em que se distribuem ovos.
4- Ressureição de Jesus Cristo;
5- Também, antigamente, a festa teve sua origem na volta da Primavera...
6-...
Entram os coelhos da "Comissão de Páscoa", são 3 coelhos ao todo, O Coelho Sábio, Coelha Rosa e Coelho Azul.
Coelho Sábio Você é o Coelhinho Cinza, não é?
Coelhinho Cinza Sim, vim preparado para o teste, mas...
Coelho Sábio Eu sou o Coelho Sábio, Esta é a Coelha Rosa e este é o Coelho Azul.
Todos cumprimentam Coelhinho Cinza com aperto de mãos
Coelhinho Cinza (Começa a chorar) Eu... eu não sei a resposta, não vou poder fazer o teste!
Eles confortam Coelhinho Cinza.
Coelha Rosa Calma! Não se preocupe, só viemos entregar uma coisa a você!
Coelho Azul Queremos dar uma chave para você!
Coelho Sábio Com essa chave, você aprenderá muito!
Coelhinho Cinza (Parando de chorar) Eu... eu vou conseguir descobrir a resposta com essa chave? É uma chave mágica?
Coelha Rosa Não! É apenas a chave do depósito de ovos de páscoa! Viemos entregar a você! Cada um de nós da comissão recolhe os ovos e guarda eles em uma caixa de cada cor no depósito de ovos de páscoa.
Coelho Azul Todo "Coelho de Páscoa" deve mostrar que é responsável e capaz de guardar os ovos da Páscoa!
Coelho Sábio Com essa chave, você será responsável pelos ovos de Páscoa de todo mundo! Se mostrar que pode cuidar deles, estará pronto para responder o teste sobre o verdadeiro significado da Páscoa!
Coelhinho Cinza E se eu não consegui descobrir? Eu sou o primeiro coelho de cor cinza a fazer o teste!
Coelha Rosa Não se preocupe, quando for o momento certo, você vai saber a resposta!
Coelho Azul Todos nós já passamos por isso!
Coelho Sábio Você vai conseguir, não se preocupe!
Todos os coelhos saem, Coelhinho Cinza fica só. Olha para a chave pensativamente.
Coelhinho Cinza (Preocupado) Puxa, quanta responsabilidade! Espero que nada aconteça com os ovos, ou eu vou perder minha chance de ser um "Coelhinho da Páscoa"!
Coelhinho Cinza permanece em cena com a chave ( Se houver alguma música suave para colocar na apresentação deste texto, este é um bom momento).

Cena 4
Coelhinho Cinza ainda em cena.
Coelhinho Cinza Eu quero me tornar um "Coelhinho da Páscoa"! Melhor é eu ir cuidar dos ovos, ver se eles estão bem guardados.
A comissão de Páscoa (Coelha Rosa, Coelho Azul e Coelho Sábio) entram correndo e gritando.
Comissão de Páscoa Os ovos desapareceram! Os ovos desapareceram!
Coelha Rosa Sumiram! Os ovos vermelhos que eu guardei sumiram!
Coelho Azul Os ovos azuis também! Eu não encontrei nenhum! Eram os que eu tinha armazenado!
Coelho Sábio E os amarelos, que fui eu quem escolhia, também desapareceram, fomos dar uma olhada neles e eles não estavam lá!
Coelho Cinza Não fui eu que perdi os ovos! Eu nem cheguei perto do depósito! Ah, não! Eu devia ter ido lá, cuidar deles, e agora tudo está perdido! Eu era o responsável pelos ovos! (começa a chorar) A páscoa de todo mundo está perdida! Tudo culpa minha! Só porque eu sou diferente, sou um coelho de cor cinza tudo é diferente para mim!
Coelhinho Cinza sai correndo.
Comissão de Páscoa Espere, Coelhinho Cinza! Não fuja!
Coelho Sábio Vamos atrás dele! Precisamos interrogar aquele coelhinho!
Todos saem de cena.

Cena 5Vovô Coelho entra em cena, tranqüilo. Logo depois Coelhinho Cinza entra em cena correndo.
Coelhinho Cinza Vovô! Vovô! Socorro! Os ovos sumiram! Eu deixei os ovos sumirem!
Vovô Coelho O que foi, meu neto? O que está acontecendo? Por que você está tão nervoso?
Coelhinho Cinza A comissão... Eles... me deram uma chave... Os ovos sumiram! Eu deixei os ovos sumirem!
Vovô Coelho Espere, explique isso direito... Você fez alguma coisa errada?
Coelhinho Cinza (furioso) Não, mas eu sou um coelho cinza! Um coelho cinza não pode ser "Coelho da Páscoa"! Estou com muita raiva! Quero acabar com tudo se os ovos aparecessem agora eu mesmo sumiria com eles!
Vovô Coelho Vamos com calma. Não diga bobagens, você é um ótimo coelho e a cor do pelo não é motivo para ficar se menosprezando. Você é muito responsável, você sempre cuida de mim! Além disso é muito inteligente, vai descobrir o que aconteceu com os ovos! Você deve ser como sempre foi, não deixe a tristeza e a raiva invadirem seu coração. Você é um bom coelhinho!
Coelhinho Cinza Acha mesmo?
Vovô Coelho Você fugiu deles?
Coelhinho Cinza Fiquei com medo que eles pensassem que eu era o culpado de tudo... porque eu sou diferente dos outros coelhos.
Vovô Coelho Não se preocupe, tudo vai se resolver. Vamos procurar a Comissão de Páscoa e descobrir o que aconteceu. Os ovos não podem sumir, só eles têm a chave, além de você. Vamos procurar a Comissão...
A comissão de Páscoa entra correndo neste instante.
Coelha Rosa Coelhinho Cinza! Por que saiu correndo?
Coelho Sábio Só queremos fazer umas perguntas para ver se descobrimos onde foram parar os ovos!
Coelho Azul Não devia sair correndo, não temos mais a mesma resistência para correr atrás de coelhinhos!
Coelha Rosa Ainda mais depois do trabalho que deu colocar todos aqueles ovos vermelhos na caixa vermelha!
Coelho Sábio E eu, que tinha de colocar os amarelos na caixa amarela! Eram muitos!
Coelho Azul E os meus? Sabe quanto pesa cada ovo azul que coloquei na caixa azul? Coelhinho Cinza, só queremos saber se você perdeu a chave ou se emprestou para alguém!
Coelhinho Cinza Não acham que eu sou culpado só porque sou cinza?
Coelha Rosa Claro que não! Nunca imaginamos isso! Mas precisamos descobrir o que aconteceu!
Coelho Sábio Ajude-nos a encontrar os ovos!
Coelho Azul Precisamos nos unir e descobrir tudo!
Coelhinho Cinza Está bem, vamos descobrir... Meu Vovô Coelho confia muito em mim! Acha que eu posso descobrir o que aconteceu! Mas também tenho umas perguntas a fazer!
Vovô Coelho O que você acha que aconteceu, Coelhinho Cinza?
Coelhinho Cinza Eu sei que não daria tempo para alguém sumir com todos os ovos, então comecei a pensar que... bom, vocês podiam ler o que está escrito aqui?
Coelhinho Cinza escreve algo e entrega um papel para que eles leiam.
Coelha Rosa Não tem nada escrito aqui, tem? Só vejo umas manchas!
Coelho Sábio Não estou enxergando nada!
Coelho Azul Precisamos de óculos novos!
Coelhinho Cinza Aqui está escrito: "as caixas são pintadas por dentro e por fora?"
Coelho Azul Ah, para que serve saber isso? Mas a resposta é "sim": as caixas tem a mesma cor por dentro que tem por fora...
Coelhinho Cinza Foi o que pensei! Esperem por mim perto do depósito de ovos e eu vou esclarecer este mistério!
Todos saem por um lado, Coelhinho Cinza sai por outro.

Cena final
Os Coelhos da Comissão de Páscoa estão do lado das caixas de ovos do depósito, há uma caixa vermelha, uma amarela e uma azul.
Coelho Azul O Coelhinho Cinza está demorando... Será que ele sabe onde estão os ovos?
Coelhinho Cinza entra correndo com um saco. Acompanham seus amigos e o Vovô Coelho, que irão assistir a cena.
Coelhinho Cinza Desculpem a demora! Está aqui a solução do problema!
Coelha Rosa Tem ovos aí dentro? Mas devem ser muito poucos!
Coelhinho Cinza Não! (Ri um pouco) Eu sei onde estão os ovos porque a única resposta possível, já que não havia outra chave e já que não havia tempo dos ovos terem sido levados por alguém, é que... os ovos continuam onde estão!
Os coelhos da comissão ficam espantados
Coelho sábio Como pode ser possível? Quer dizer que eles estão invisíveis?
Coelhinho Cinza Quer dizer que os ovos estão invisíveis para vocês porque cada um colocou ovos de uma cor em caixas pintadas da mesma cor e como vocês não estão enxergando eles eu tenho estes presentes para vocês!
Coelhinho Cinza tira óculos de dentro do saco e dá um par a cada Coelho da comissão.
Coelha Rosa (Olha dentro da caixa) Puxa, que inteligente! Eles estavam aí e eu nem vi nada!
Todos os coelhos olham dentro das caixas e tiram um ou dois ovos
Coelho sábio Você é um gênio!
Coelho Azul Nunca vi algum coelho tão esperto! Merece ser o Coelho da Páscoa!
Coelho Sábio Coelhinho Cinza! Queremos que você seja o Coelho da Páscoa, mas precisamos fazer as perguntas que você já pesquisou! Está pronto para o teste?
Coelhinho Cinza Sim! Agora estou pronto!
Coelho Sábio Então vamos começar: as pessoas têm se esquecido do verdadeiro significado da Páscoa. As pessoas pensam no significado comercial e não espiritual, religioso ou filosófico desta data! Vamos fazer três perguntas e de acordo com a resposta, você poderá ou não ser um "Coelho da Páscoa"! Sr. Coelho Azul, por favor, faça sua pergunta!
Coelho Azul Minha pergunta, meu jovem Coelhinho Cinza, é bem simples: A comemoração da Páscoa remonta das antigas festas de final do frio e escuro inverno e chegada da primavera. Em que isto poderia estar relacionado com o verdadeiro significado da Páscoa?
Coelho Cinza A Páscoa ainda é uma festa, esta é a relação, mas, para mim, pessoalmente, o fato de ser apenas um Coelhinho Cinza e poder passar a ser o "Coelho da Páscoa", também está relacionado com a passagem da escuridão para a luz, do crescimento de flores, de plantas brotando... isto tudo está relacionado ao meu crescimento, também!
Coelho Azul Que linda resposta! Mas confesso que eu já esperava por ela! Confio totalmente em sua capacidade para ser um "Coelho da Páscoa"!
Coelhinho Cinza Obrigado!
Coelho Sábio Estou muito satisfeito com esta resposta, mas precisamos ver se também pensam assim todos coelhos do conselho. Dona Coelha Rosa, faça sua pergunta!
Coelha Rosa Certo, minha vez: Páscoa, na língua hebraica é "pessach", que significa "passagem". Antigamente, a Páscoa tinha o significado de libertação. A Páscoa surgiu como a festa que marcava o fim da escravização do povo hebreu. Para você, Coelhinho Cinza, qual é o significado pessoal disso?
Coelhinho Cinza Percebo que em mim, a libertação se deu quando parei para pensar em tudo o que estava acontecendo. É um dos significados da Páscoa para mim: a passagem do Coelhinho Cinza, para um Coelhinho Cinza de Páscoa inteligente, alegre e responsável!
Coelha Rosa Muito bem! Você está pronto para ser o "Coelho da Páscoa"! Parabéns!
Coelho Sábio Agora, minha pergunta, a última, para que você passe no teste: A Páscoa, para os cristãos, está ligada a ressurreição de Jesus Cristo. O que isto significa para você?
Coelhinho Cinza Eu estava indo para o caminho errado, meu coração estava no frio e na escuridão. Percebo que no meu coração, fui, por alguns instantes, mau e quis ser vingativo e acabar com tudo. Ao libertar meu coração do medo, da dor e da mágoa, fiz renascer em mim a fé e a bondade que deve mover todas as pessoas. É assim que eu vejo o significado da Páscoa para mim: o renascimento de um Coelhinho Cinza para o bem!
Coelho Sábio Muito bem! Estamos todos satisfeitos! Você não nos decepcionou! Você achou muitos significados verdadeiros para a Páscoa!
Coelhinho Cinza Esperem, não acabei! Não foi só isso: descobri novos significados! Também descobri que tenho muitos amigos e a família que podem me ajudar e que a Páscoa pode ter o significado de reencontro! E descobri também que adoro dar presentes e que a Páscoa pode significar bondade! Reencontro, Amizade, Bondade, Renascimento, Passagem... cada vez descubro novos significados para mim!
Coelho Sábio Parabéns! Mas, para você... qual é o verdadeiro significado?
Coelhinho Cinza Tudo isso significa que... que... Significa que todos os significados são verdadeiros! Mesmo que isso inclua a alegria de dividir ovos de chocolate entre as crianças!
Todos Viva o Coelhinho Cinza! Viva o "Coelho da Páscoa"!
Todos começam a cantar uma canção de páscoa

FIM
Fonte:http://br.geocities.com/victorsantanna/teatro/pascoa.html


Victor Sant'Anna Textos disse...



Faltou citar a autoria e a peça agora está em novo endereço: www.euquefiz.com

ROMEU E JULIETA - TEATRO

(Adaptação da obra de Shakespeare para a turma 72 do 1º semestre de 2006)

Personagens (16):
- 8 femininos : Julieta, Senhora Capuletto, Senhora Montéquio, Rosalina (ex-namorada de Romeu), Ama, Princesa, MALVINA e Lucrécia (duas criadas dos Príncipes).
- 8 masculinos: Romeu, Frei Lourenço, Mercucio, Teobaldo, Capuletto, Benvólio, Príncipe, Montéquio.
Sendo das famílias rivais.
Capulettos: Julieta, Teobaldo (primo de Julieta), a Mãe e o Pai.
Montequios: Romeu, Benvólio, Mercucio (sobrinho do príncipe de Verona) Pai e Senhora Montéquio.
Ajudam Romeu e Julieta: Frei Lourenço, Rosalina e Ama.

PRÓLOGO
(Entram duas criadas)
MALVINA – Você viu, Lucrécia?
LUCRÉCIA – Sim, Malvina, as duas senhoras estão aqui na praça.
MALVINA – Vai dar briga na certa.
LUCRÉCIA – Aquilo são duas cobras venenosas. Qualquer coisa é motivo.para as duas famílias brigarem.
MALVINA – A senhora Capuletto está sempre acompanhada pela ama dela, a coitadinha faz tudo.
LUCRÉCIA – A senhora Montéquio é outra que só faz os outros trabalharem pra ela.
MALVINA – O pior é que os homens também estão por aí.
LUCRÉCIA – Temos que avisar os nossos patrões.
MALVINA – Não. Vamos ficar aqui pra ver se alguma coisa acontece...
LUCRÉCIA – Vamos. Não discuta comigo. Os príncipes de Verona vão acabar logo, logo com essa briga.

Cena 1 (Montéquios e Capulettos brigam na Praça)
SENHORA MONTÉQUIO – Rosalina, veja que dia lindo! A praça de Verona é o melhor lugar para compras.
ROSALINA – Sim, Senhora Montéquio. Mas onde estará Romeu?
SENHORA MONTÉQUIO – Romeu me disse que iria convidar Mercucio e Benvólio para virem à praça. Sabem eles que nós temos muitas compras para carregar...
ROSALINA – Sabe, Romeu anda meio distante ultimamente. Até parece que não gosta mais de mim.
SENHORA MONTÉQUIO – Não se preocupe. Os jovens são todos assim: inconstantes. Mas onde estarão aqueles três?
ROSALINA – Ei, veja quem está passando por aqui!
(Chegam Senhora Capuletto e Ama, que está carregando uma sacola de compras)
SENHORA CAPULETTO – A praça está uma porcaria hoje. Os pássaros sujaram tudo, e... veja! Até os mendigos estão fazendo compras! A que ponto chegamos!
AMA – Não são mendigos, minha senhora, são os Montéquios.
SENHORA MONTÉQUIO – Boa tarde, conseguiram comprar alguma coisa?
SENHORA CAPULETTO – Sim, temos dinheiro. Não precisamos vender propriedades e jóias para tanto.
(Chegam Romeu, Benvólio e Mercucio)
BENVÓLIO – Chegamos, senhoras. Estamos prontos para ajudá-las.
ROMEU – Rosalina, senti saudades.
ROSALINA – Não parece, Romeu. Estás muito atrasado. A companhia não está agradável.
MERCUCIO – Ah, refere-se aos Capulettos? Como vai a nata de Verona?
SENHORA CAPULETTO – Vai bem, senhor Mercucio. Mas acho muito ruim o sobrinho do príncipe de Verona estar com os Montéquios.
(Chegam Teobaldo e o Capuletto)
TEOBALDO – Estes senhores estão a importuná-la, cara tia?
SENHORA CAPULETTO – Oh, caro sobrinho Teobaldo e senhor meu marido (suas mãos são beijadas). Talvez...
CAPULETTO – Isto é um ultraje. Desembainhem suas espadas, biltres!
BENVÓLIO – Com prazer! Verão o aço de nossas espadas em vossos corpos pestilentos!
(Mulheres retiram-se em pontos diferentes para torcer, enquanto os homens brigam. Música. Chega o Príncipe de Verona. Todos fazem reverência e acaba a briga)
PRÍNCIPE de Verona – Hoje não, senhores. Vivem brigando, não agüentam um dia sequer?
PRINCESA de Verona - Até tu, meu sobrinho Mercucio, pare de Brigar.
PRÍNCIPE - Montéquios, venham comigo? Capulettos, espero vocês hoje à tarde para uma conversa muito séria.
PRINCESA – Estas brigas têm que acabar. Até vocês, senhoras, Compartilhando desta selvageria!
(Todos saem. Música).

Cena 2 (Rosalina e Romeu, depois Benvólio e Mercucio)
ROSALINA – Quer saber de uma coisa, Romeu. Não estou mais a fim de namorar contigo.
ROMEU – Por quê?
ROSALINA – Tu és muito imaturo, vives te metendo em brigas, teus amigos são uns malucos.
(Chegam Mercucio e Benvólio que assustam e brincam com Rosalina).
BENVÓLIO – Como está o namoro?
ROSALINA – Acabou. Romeu, de agora em diante serei só tua amiga para brincadeiras.
ROMEU – Abraça-me. (abraçam-se)
MERCUCIO – Vamos ao baile de máscaras na casa dos Capulettos?
Todos – Vamos!!!
BENVÓLIO – Mas... espera aí! Na casa dos Capulettos? É briga na certa.
MERCUCIO – Meu tio, o príncipe, mandou convidar a todos... e o velho Capuletto vai ter que agüentar os Montéquios.
ROSALINA – Já vou preparando um vestido.
(Saem todos. Música animada)

Cena 3 (No baile de máscaras na casa de Julieta)
AMA – Já preparei tudo, senhora Capuletto.
SENHORA CAPULETTO – Tens certeza, Ama?
AMA – Sim, mas onde estará Julieta?
SENHORA CAPULETTO – Veja, está chegando aí. Linda máscara, filha.
JULIETA – Mamãe,estou muito feliz. Ótima idéia de comemorar meus quinze anos com um baile de máscaras. Mas... e os convidados?
SENHORA CAPULETTO – Já chegarão, minha filha. Mandei distribuir convites para todas as famílias.
AMA – Até para os Montéquios?
SENHORA CAPULETTO – O Príncipe praticamente nos obrigou. Disse que seria bom para aproximarmos.
JULIETA – Que bom, mamãe! A briga das famílias é um tormento para toda Verona.
SENHORA CAPULETTO – Não creio que virão.
(Chegam Romeu, seus Pais, Benvólio com máscaras)
SENHORA CAPULETTO – Boa noite, senhores. Sejam bem vindos. Quem são?
MONTÉQUIO – Só poderemos revelar mais tarde. Afinal, num baile de máscaras...
SENHORA CAPULETTO – Pois é!
MONTÉQUIO – Meu filho, vim a esta festa só por insistência tua.
BENVÓLIO – Acalme-se, senhor Montéquio. Vamos nos divertir.
(Chegam os Príncipes com Mercucio)
PRÍNCIPE – Parabéns a todos pelo lindo baile.
PRINCESA - Estou feliz de ver todas as boas famílias de Verona confraternizando juntas.
(Todos aplaudem, meio a contragosto. Chegam Teobaldo e Capuletto.).
TEOBALDO – Viste, senhor Capuletto, quem veio à festa?
CAPULETTO – Sei, são os Montéquios. Mas te acalma, temos que aceitar a presença deles. Afinal os príncipes praticamente nos obrigaram a convidá-los.
(Música. Todos dançam. Romeu tira Julieta para dançar. Quando vão beijar-se a Ama interrompe)
AMA - Senhora, sua mãe está a chamá-la.
JULIETA – Sim, adeus, meu caro mascarado. (sai)
ROMEU - Minha cara senhora, quem era a moça com quem acabei de dançar?
AMA – É Julieta, a filha do senhor desta festa.
ROMEU – Destino! Meu amor nascido de meu mais terrível ódio.
(Todos saem do baile. Julieta fala com a Ama)
JULIETA – Ama. Quem era o mascarado com quem estava a dançar?
AMA – Ah, senhora. Era Romeu, um Montéquio.
JULIETA – Leve este bilhete a ele. Peça que se encontre comigo amanhã, depois do por do sol.
AMA – Sinto que isto não dará certo...
(Luz apaga. Música. Fim do Baile)

Cena 4 (No balcão, Romeu jura amor eterno a Julieta e promete casar-se com ela)
ROMEU – Aqui estou como combinado. Aquela é Julieta? (Julieta aparece na janela)
JULIETA – (sem ver Romeu) Romeu, Romeu! Ah! por que és um Montéquio? Mas como estou apaixonada... (Julieta, enfim, vê Romeu) Como conseguiste entrar?
ROMEU – Pulei o muro. Está escuro e teus parentes não conseguiriam me ver.
JULIETA – Se pegam podem te matar!
ROMEU – O que me mata é o amor que sinto por ti.
JULIETA – Tu me amas de verdade?
ROMEU – Juro pela lua.
JULIETA – A lua? A lua muda de fazes todas as semanas. Não jures pela lua. Não jures por nada, só por ti mesmo.
ROMEU – Então eu juro por meu coração...
JULIETA - Pára! não jures;
ROMEU – Então eu saio daqui sem um beijinho?
JULIETA – Só depois de casada.
ROMEU – Então vamos casar. Amanhã mesmo falaremos com Frei Lourenço e vamos nos casar.
JULIETA – Sim, eu aceito. Vou me encontrar contigo amanhã por volta das dez da manhã. (A Ama chama dentro). Adeus, Romeu. Estão me chamando. (sai)
ROMEU - Oh! que noite abençoada! Tenho medo. Este sonho é bom demais para ser realidade.
Cena 5 (Frei Lourenço recebe Romeu e Julieta)
ROMEU – Caro amigo, Frei Lourenço, estamos aqui, eu e Julieta para nos casarmos.
FREI LOURENÇO – Mas que loucura! Vocês são dois jovens adolescentes.
JULIETA – Meu amor é muito grande e não posso controlá-lo.
ROMEU – O meu também.
FREI LOURENÇO – Mas vossas famílias são rivais.
JULIETA – Trouxemos duas testemunhas.
(Entram a Ama e Rosalina, espanto do Frei)
FREI LOURENÇO – Vejo que estão decididos. Vocês serão testemunhas.
AMA – Sim, quero ver feliz a minha senhora.
ROSALINA – Romeu apaixonou-se por Julieta e não há nada que os separe. Queremos ajudá-los.
FREI LOURENÇO – Farei o casamento. Isso poderá aproximar as duas famílias. E é importante que Deus dê o consentimento para que o amor possa se tornar digno e aceito.
(Música para o casamento. Não Marcha Nupcial. Ao final todos se abraçam)

ENTREATO
MALVINA – Lucrécia, tu viste quem acabou de sair da igreja?
LUCRÉCIA – Sim. Eram Romeu e Julieta.
MALVINA – Eles estavam namorando! Isto vai dar o maior problema. As duas famílias não irão aceitar.
LUCRÉCIA – O amor é fogo. Vence todas as barreiras.
MALVINA – O mais lindo sentimento!
PRINCESA – (chegando) Onde vocês duas estavam, preciso de sua ajuda para carregar umas compras que fiz.
LUCRÉCIA – Sim, princesa.
MALVINA – A senhora sabe quem estava agora mesmo namorando?
LUCRÉCIA –Romeu e Julieta. Montéquios e Capulettos juntos.
PRINCESA – É mesmo? Contem mais...
(As três saem conversando. Música)

Cena 6 (Na rua, estão Teobaldo, Mercucio e Romeu)
Teobaldo – Bem se vê que esta praça está mal freqüentada.
MERCUCIO – A quem te refere, Teobaldo?
TEOBALDO – A ti e a família dos Montéquios.
ROMEU – Estás a me ofender? Porém, por ti não posso ter ódio.
MERCUCIO – Mas eu tenho. Venha com tua espada que eu defenderei tua honra.
(Brigam Teobaldo e Mercucio. Romeu tenta separar e Mercucio é morto)
MERCUCIO – Estou lançando uma maldição. Que todos vocês, Montéquios e Capulettos, paguem por seu ódio. (morre)
ROMEU – Seu caça-ratos. Verás o aço de minha vingança.
(Romeu luta e mata Teobaldo. Chegam Benvólio e o Montéquio)
MONTÉQUIO – Meu filho, o que fizeste?
ROMEU – Papai, Benvólio, me ajudem a levar os corpos para um lugar escondido.
MONTÉQUIO – Sim, meu filho, rápido. (Ajuda a tirá-los de cena)
ROMEU – E agora, o que farei?
BENVÓLIO – Fuja para Mântua, caro Romeu. Aqui tu serás perseguido pelos Capuletto.
MONTÉQUIO - Conversarei com o príncipe e explicarei que houve um duelo e que defendeste a honra de Mercucio. Vá, meu filho.
ROMEU – (saindo) Preciso encontrar-me com Julieta...
(Saem. Música e Blackout).

Cena 7 (Após uma noite de amor, Romeu foge e Julieta recebe a má notícia)
Quarto de Julieta. Entram Romeu e Julieta.
JULIETA - Já vais partir? O dia ainda está longe. Não foi a cotovia, mas apenas o rouxinol que cantou.
ROMEU - Foi a cotovia, não foi o rouxinol. O rouxinol canta de madrugada e a cotovia de manhã. Já é de manhã.
JULIETA - Não é dia ainda. Espera
ROMEU – Tu queres que me prendam? Se me encontrarem aqui vão me matar.
JULIETA - É dia; foge! Depressa!
(Entra a Ama e Romeu despede-se e sai).
AMA – Senhora, vossa mãe se dirige para cá. Romeu já foi. Ah, que bom! (Sai.)
SENHORA CAPULETTO (dentro) - Ó filha! filha! Já estás de pé? Então, Julieta, como estás?
JULIETA - Mãe, não estou boa.
SENHORA CAPULETTO - Ainda estás chorando a morte de teu primo Teobaldo?
JULIETA – Ah, sim. Deixai-me chorar.
SENHORA CAPULETTO - Sim, menina; mas não deverias chorar pela morte dele e sim porque está vivo o miserável que o matou.
JULIETA - Que miserável, minha senhora?
SENHORA CAPULETTO - Esse vilão Romeu. É que esse biltre, esse assassino ainda está com vida.
JULIETA - Sim, e longe do alcance destas mãos. Oh! se eu, pudesse vingar a morte do meu querido primo!
SENHORA CAPULETTO - Ainda haveremos de vingá-lo; por isso não te aflijas. Mas agora vim trazer-te notícias mais alegres.
JULIETA - Vem a tempo. Que notícias são essas?
SENHORA CAPULETTO - Bem, bem, menina; tens um pai zeloso, que para te livrar dessa tristeza planejou um dia de alegria como nem tu esperas, nem eu própria poderia pensar.
JULIETA - Mas, senhora, que dia será esse?
SENHORA CAPULETTO - Filha, vê só! Na quinta-feira próxima, na igreja de São Pedro o conde Páris, moço valente e nobre, para sua alegria, te fará finalmente uma alegre noiva
JULIETA - Ora, por essa igreja de São Pedro, e por São Pedro, não fará de mim noiva alegre.
SENHORA CAPULETTO - Aí vem vosso pai; dizei-lhe tudo isso vós mesma e vede as conseqüências.(Entram Capuletto e a Ama).
CAPULETTO - Então, mulher: falastes a respeito de nossa decisão?
SENHORA CAPULETTO - Sim, conversamos. Ela, porém, não concorda com isso.
CAPULETTO - Como! Não quer casar?
JULIETA – Não!.
SENHORA CAPULETTO - Ora essa! Estais maluca?
JULIETA - Bondoso pai, de joelhos vos suplico...uma palavra.
CAPULETTO - Tipo desobediente! Já te mostro. Vai quinta-feira à igreja, ou não me encares nunca mais, Nunca mais! Não me repliques coisa nenhuma. Basta! Não me fales. Sua rapariga...
AMA - Deus do céu que a ampare! Procedeis mal, senhor, por insultá-la desse modo.
CAPULETTO — Por quê, dona “prudência”? Sua velha fofoqueira!
AMA — Não disse nada de mal.
CAPULETTO — Quieta, velha resmungona. Velha tonta! (Saem os pais, Julieta chora)

Cena 8 (Rosalina e a Senhora Montéquio)
ROSALINA – Senhora Montéquio. Mais um mal se abateu na cidade de Verona.
SENHORA MONTÉQUIO – O que foi, Rosalina?
ROSALINA - Romeu, seu filho, acaba matar em duelo a Teobaldo, sobrinho dos Capuletto.
SENHORA MONTÉQUIO – E onde se encontra, meu Romeu?
ROSALINA – Teve que fugir para Mântua. Mas o príncipe vai perdoá-lo, pois defendeu a honra de Mercucio.
SENHORA MONTÉQUIO – E nós, mulheres, não podemos fazer nada?
ROSALINA – Senhora, a sina das mulheres de nossa época é esperar que os homens tudo façam, as nós nos resta esperar. Porém Julieta é diferente. Julieta casou-se me segredo com Romeu.
SENHORA MONTÉQUIO – Como sabes?
ROSALINA – Estive presente...
(Enquanto Rosalina explica, música, e as duas saem)

Cena 9 (Julieta vai até a igreja pedindo ajuda e Frei)
JULIETA – Padre, meu pai quer obrigar-me a casar com quem não amo. O que farei?
FREI LOURENÇO – Tenho que ajudá-la, não podes te casar, pois já estás casada.
JULIETA – Prefiro morrer.
FREI LOURENÇO - Escuta: vai para casa e dize que estás disposta a casar com o conde. Amanhã, à noite, deita-te sozinha, sem que a ama fique no quarto. Então bebe esta poção. Tu vais parecer morta. Como é costume em nossa terra, tu serás sepultada no antigo túmulo dos CAPULETTO. Eu vou mandar uma carta para Romeu, em Mântua. Ele vem te pegar e os dois podem fugir para aquela cidade.
JULIETA – Me dê o veneno!. Mas se Romeu não puder ser avisado?
FREI LOURENÇO - Eis aqui. Vou mandar agora mesmo a carta para teu marido.
JULIETA – Está bem. Adeus, meu caro padre.(Saem e depois entra Julieta. Monólogo)
JULIETA – Adeus, mundo. Por um tempo estarei morta. Será que terei coragem de tomar este veneno? (Põe de lado um punha.). E se o Padre quiser me matar mesmo? Não, ele não faria isso. Ele é um homem de Deus. Sempre me ajudou. (pensa no túmulo). Ah, eu vou ter que ficar no túmulo da família. Teobaldo está lá. Que medo! Mas vou tomar a poção. O amor que sinto por Romeu é mais forte. Romeu, bebo isto por tua causa.(Cai sobre o leito, para dentro das cortinas).

Cena 10. Cena muda. Frei Lourenço, a família de Julieta e a Ama deitam Julieta na cripta.

ENTREATO
LUCRÉCIA – Coitadinha da Julieta! Morreu no dia do casamento.
MALVINA – Todos falam que ela tomou veneno, a família não quis comentar. Preferiu morrer a casar com quem não ama.
LUCRÉCIA – A mãe estava inconsolável. Única filha.
MALVINA – Romeu está em Mântua. Coitado, nem pode saber da morte de Julieta.
LUCRÉCIA – Dizem que avisaram o rapaz. Ele vai voltar logo, pelo menos pra ver a sua amada.
MALVINA – Coitados, podiam ter formado um belo casal. E as famílias podiam parar de brigar por causa disso.
LUCRÉCIA – É mesmo! Eu, se fosse ele, também tomava veneno.
MALVINA – Sai pra lá. Já basta uma família triste. Quer ver as duas? (saem).

Cena 11 (Romeu chega à cripta e pensa que Julieta está morta).
ROMEU – Querida Julieta, corri de Mântua até aqui para te ver. Disseram-me que tinhas morrido. E o que vejo é verdade. Tomarei este veneno que comprei e te acompanharei no teu sonho de morte.
(Julieta acorda)
JULIETA – É aqui que deveria estar. Mas agora estou livre para Romeu. (vê Romeu e vê o veneno). Meu querido, não recebeste a carta de Frei Lourenço? O veneno... tomaste tudo. Quem sabe sobrou um pouco em teus lábios? Ainda estão quentes. (pega o punhal). Punhal, serei tua bainha...(suicida-se)

Cena 12 (Chegam todos tristes à cripta)
FREI LOURENÇO – Pobre casal! Romeu não recebeu minha carta e, pensando que Julieta estivesse morta, bebeu veneno. A moça resolveu acompanhá-lo, matando-se com uma adaga.
PRÍNCIPE - Capuletto! Montéquio! Vede como sobre vosso ódio a maldição caiu e como o céu vos mata as alegrias valendo-se do amor.
PRINCESA - Fomos todos punidos pelo ódio.
CAPULETTO - Dá-me tua mão, senhor Montéquio; é o dote de minha filha. Mais não posso pedir.
MONTÉQUIO - Mas eu posso dar mais, pois hei de mandar fazer a estátua dela do mais puro ouro. Enquanto for Verona conhecida, nenhuma imagem terá tanto preço como a da fiel Julieta.
CAPULETTO - Romeu também fama dará à cidade; são vítimas de nossa inimizade.
PRINCIPE - Esta manhã nos trouxe paz sombria: esconde o sol, o rosto. Ide; falai dos fatos deste dia;
PRINCESA - Sereis clementes, ou rijos, a contragosto, que há de viver de todos na memória de Romeu e Julieta, a triste história.(Saem todos. Ficando Romeu e Julieta deitados. Música. Luz em resistência).

São Leopoldo, maio de 2006
Este texto foi elaborado especialmente para os alunos de teatro da turma 72 do Colégio Sinodal , a partir de outras adaptações. Alguns textos são copiados, mas recomenda-se ler o texto original. Prof. Jarbas Griebeler

Teatro O BOLO DA MAMÃE

Duas meninas entram conversando
A- Hoje é o dia das mães e nós precisamos providenciar um presente para a mamãe. Você tem alguma idéia?
B - Vou pensar. Ah! Já sei! Vamos fazer um bolo. O que você acha?
A- Ótima idéia, mas e a receita?
B- Muito simples, pedimos a vovó para nos ensinar a receita de um bolo gostoso e fácil de fazer.
A- Isso mesmo, vamos depressa buscar a receita.
A e B- Vovó, queremos uma receita de bolo.
Vovó- Aqui está.
B - Vamos agora ao supermercado comprar o que vamos precisar para fazermos o bolo.
A- (Sai e volta trazendo uma criança que é a farinha)
Farinha- Eu sou a dona farinha, aqui estou para começar o bolo da mamãe.
A - Você tem mãe, dona farinha?
Farinha- Sim, tenho.
A - Como se chama?
Farinha- Dona espiga de trigo.
B- (sai e volta trazendo uma criança que é o açúcar.) Aqui está o senhor açúcar.
Açúcar – sou o senhor açúcar, filho de dona cana-de-açúcar. Eu sou todo doçura e com dona farinha (dar as mãos) vou para o bolo da mamãe.
A- (Sai e volta trazendo uma criança que é a manteiga). E a senhora dona manteiga, tem mãe?
Manteiga- Sim, tenho. Sou filha do senhor leite e da dona vaca.
B- Meu Deus! Faltam os ovos, vou correndo buscar.
Entram seis crianças que são os ovos e cantam
Para o bolo da mãezinha eis os ovos bem fresquinhos
Somos filhos da galinha, mas não somos mais pintinhos
Entra um menino zangado
- Muito bonito, se eu não estivesse aqui, sabem o que iria acontecer? O bolo não cresceria, ficaria duro e a mamãe não iria gostar.
Todos- quem é o senhor?
Fermento- Meu nome é senhor fermento.
Todos em círculo como se fosse uma tigela. As crianças A e B e a vovó estão com colheres na mão, fingem bater o bolo e cantam, as crianças da tigela balançam a cabeça.
Musica ciranda: Bate, bate, bate bolo
Que bonito vai ficar
Bate, bate, bate bolo
Que a mãezinha vai gostar.
Desfaz a roda
A- o bolo está pronto. É só assar.
B- Assar? Com que fogo?
A- Bem, pode ser assado em forno elétrico, a gás ou a lenha.
B- Hum, vovó fazia deliciosos bolos assados no forno a lenha.
A- Já sei! Vamos pedir ao dono da padaria para assar o bolo?
B- Sim, vamos.
Saem. Voltam todos com um lindo bolo. (caixa enfeitada como bolo)
A- Que lindo ficou!
B- Como está cheiroso!
A - Mamãe vai adorar!
B- Olha que lindo enfeites o padeiro colocou!
A- Vamos cantar parabéns pra mamãe?
Todos – Vamos!
Parabéns pra mamãe
Porque hoje é seu dia
Muitas felicidades
Muito amor e alegria.

Todos- Viva a mamãe! : VIVA!!!

Teatro: A estrelina mágica (Roberto Villani)

Personagens:

1 ESTRELINHA
3 ÁRVORES
1 FABRICANTE DE BONECOS
1 NEGOCIANTE DE BRINQUEDOS
BONECOS

ATO ÚNICO
Cena 1

Ao início, doze crianças entram no palco e formam três grupos de quatro crianças. Esses grupos se colocam no palco da seguinte maneira: 1 grupo à direita, outro ao centro e o outro à esquerda.
Todas as crianças abaixam-se, com os joelhos no chão e a cabeça inclinada sobre as coxas. Ouve-se então, música suave. As crianças começam uma expressão corporal imitando o nascimento da árvore. Erguem-se lentamente e, com os braços imitando galhos, colocam-se de pé imitando árvores, imóveis.
De repente, entre as ÁRVORES aparece a ESTRELINHA.

ESTRELINHA (com expressão de tristeza, canta – usar a melodia de “Ciranda-cirandinha”):
Eu sou uma estrelinha
Muito triste, do espaço.
Mas na Terra estou perdida
E agora, o que eu faço?

ÁRVORE 1 (estática, canta):
Se você é estrelinha,
Nós já vamos animá-la.
Mas é pena não podemos
Nunca, nunca acompanhá-la.
ESTRELINHA: Por que?

ÁRVORE 2: Não podemos sair do lugar...

ÁRVORE 1: Se você se afastar um pouco, ficará longe de nós...

ESTRELINHA: Ora, mas eu posso resolver esse problema. Afinal, estamos no Natal!

ÁRVORE 2: E isso faz diferença?

ESTRELINHA: Claro! No Natal eu fico com poderes mágicos. Você querem ver?

ÁRVORE 1: Se é isso que você quer...

ESTRELINHA: Pois muito bem. Aprontem-se. Vou dizer a minha palavra mágica. (Fala bem alto movimentando bastante os braços): Balabadim, a minha mágica é assim! (e as ÁRVORES começam a saltitar e a correr, como humanas).

ÁRVORE 2 (abraça a ESTRELINHA): Você é maravilhosa!

ÁRVORE 1 (Muito alegre):
Como é gostoso Estrelinha,
A gente poder andar.
Felizes estão amiguinhas
Vamos todos dançar.
Ao ritmo de música bem alegre, todas dançam, felizes. Depois...

ÁRVORE 3: Venha, estrelinha. Vamos levá-la à casa dos bonecos.

E todas deixam o palco, alegres.
Cena 2

Entra o FABRICANTE DE BONECOS. Triste, ele canta (usar a melodia de “Terezinha de Jesus”)

FABRICANTE:
Mas que triste, triste estou,
Que terrível situação.
Ninguém compra meus bonecos
E já estou sem um tostão.

Cabisbaixo, o FABRICANTE senta-se num canto, em silêncio. Então, surge o NEGOCIANTE DE BRINQUEDOS.

NEGOCIANTE (áspero, fala ao FABRICANTE): Vim devolver os seus bonecos. Eles não tem vida...

FABRICANTE: Eu já esperava por isso. Ninguém mais quer meus bonecos... E eu os fabriquei especialmente para este Natal...

NEGOCIANTE (canta – usar a melodia “Atirei o pau no gato”):
Seus bonecos não tem vida-da,
Seu trabalho-lho foi em vão-vão-vão...
Aconselho-lho que se aposente-te
Para o bem, para o bem desta Nação. (e deixa o palco).

Cena 3

Neste momento, entram a ESTRELINHA e as 3 ÁRVORES.

ÁRVORE 1: Estrelinha, este é o famoso Fabricante de bonecos.

ESTRELINHA: Como vai “seu” Fabricante de bonecos?

FABRICANTE: Mal, muito mal. Ninguém quer os meus bonecos...

ÁRVORE 2: Mas o senhor não é famoso?

FABRICANTE: Não sou mais. Todos dizem que meus bonecos não tem vida...

ÁRVORE 3: E o Natal? As crianças ficarão tristes sem seus bonecos...

FABRICANTE: Infelizmente, eu nada posso fazer...

ESTRELINHA: Mas eu posso! (e canta – usar a melodia de “A canoa virou”)
Resolver o seu problema
Vai ser fácil para mim.
Vou dar vida aos seus bonecos,
Vou falar Balabadim.

FABRICANTE: Mas o que é Balabadim?

ESTELINHA: Balabadim é uma palavra mágica. Traga seus bonecos e eu mostrarei como se faz.

O FABRICANTE bate palmas e os BONECOS entram com a seguinte postura: corpo curvado para frente, braços caídos, soltos, cabeça baixa, andar lento e cambaleante. Espalham-se pelo palco, mais ou menos em semicírculo e ficam imóveis, na postura indicada.

ESTRELINHA (coloca-se à frente dos BONECOS e, com movimentos de braços, exclama): Balabadim, a minha mágica é assim!

Os BONECOS colocam-se eretos, soltos, alegres. E cantam (melodia “mulher rendeira”):
Olá, já temos vida!
Olá, vida já temos!
Somos todos bons bonecos,
Bom dinheiro então valemos...

Cena 4

Sob o ritmo de música bem alegre, todos dançam, inclusive o FABRICANTE, a ESTRELINHA e as ÁRVORES. Enquanto eles dançam, volta o NEGOCIANTE que, surpreso, observa tudo. Ao final da música...

NEGOCIANTE (entusiasmado): Compro todos os bonecos. Agora eles têm vida!

TODOS (muito alegres): Viva!!!!

NEGOCIANTE (para os BONECOS): Queridos bonecos, acompanhem-me! Vamos alegrar as crianças neste Natal (e deixa o palco seguido pelos BONECOS).

A ESTRELINHA põe-se então triste.

FABRICANTE (aproxima-se dela): O que faz você triste, meu bem?

ESTRELINHA: Estou perdida no Espaço. Não sei mais o caminho de volta...

FABRICANTE: Pois então, alegre-se! Eu vou mostrar para você o caminho de volta. Espere um pouquinho só. (e sai).

ÁRVORE 1: Ele tem um montão de mapas.

ÁRVORE 2: Mapas muito velhos.

ÁRVORE 3: Talvez ele tenha o mapa do lugar...

ESTRELINHA: Engraçado, eu gosto muito dele... e nem sei o seu nome...

ÁRVORE 1: Também não sabemos. Mas as crianças costumam chamá-lo de Noel...

FABRICANTE (com um grande mapa nas mãos): Este mapa é tão velho quanto o mundo. (Com movimentos exagerados, coloca o mapa no chão e debruça-se sobre ele): Venham ver.

ESTRELINHA (examina, atentamente, o mapa):Deixe-me ver... 9dá um salto de alegria) É aqui! (mostra no mapa) Eu moro aqui, neste pedaço do céu...

FABRICANTE: Eu sabia. Os meus velhos mapas não falham!

ESTRELINHA (um tanto triste): Adeus, amigos! Chegou a hora de eu partir... (abraça todos e deixa o palco, sempre acenando adeuses e beijos).

NEGOCIANTE (apontando): Lá está ela! E como brilha!

FABRICANTE (emocionado): Sim, é a minha ESTRELINHA MÁGICA!

Então todos cantam (melodia da “Estrela Dalva, no céu desponta...”) enquanto acenam para o alto:
A estrela Dalva, no céu desponta,
E a lua anda tonta com tamanho esplendor...
E as pastorinhas, pra consolo da lua,
Vão cantando na rua lindos versos de amor...

FIM

Teatro: Os três porquinhos

Narrador: Era uma vez três porquinhos, que viviam muito felizes. O mais velho se chamava Bolão, o segundo se chamava Bolacha e o menor era o Bolinha.
(Entram os três porquinhos chutando uma bola. Algazarra.)
Bolacha: Agora é pra mim, Bolão!
Narrador: Os dois porquinhos fingem que não escutam Bolacha falar e ele se irrita.
Bolacha: Ei, vocês não vivem falando pra eu fazer ginástica?
Bolão: Ô gente, vocês ficaram sabendo a última do lobo?
Bolinha: O que aconteceu?
Bolão: Ah, Bolinha! Dizem que tem um mês que ele não põe nada na boca.
Bolacha: Por quê? Perdeu a dentadura?
Narrador: Os três caem na risada.
Bolão: Não é nada disto! É que o último leitão que ele comeu o deixou com uma baita indigestão!
Narrador: Bolacha fica tremendo de medo só de ouvir falar no lobo.
Bolacha: Agora perdeu a graça! É só falar nesse lobo e parece que tomei uma descarga elétrica. Cruz credo !!!
Bolinha: Mas sabe que é até bom? Agora ele muda de gosto e vai comer só verduras: espinafre... alface...
Narrador: Bolão leva um susto enorme, que fica até pálido.
Bolão: Olha lá, gente, falando no bicho ele aparece... Vamos esconder!
Narrador: Os três porquinhos escondem e aparece o lobo.
Lobo: Nesta altura do campeonato, aqueles três idiotas já devem estar sabendo da notícia que mandei espalhar... Dona Fifi, a rainha da fofoca, é mesmo formidável...
Narrador: O lobo dá uma gargalhada e os três estremecem de medo.
Lobo: Está para nascer o porco, o porquinho ou o porcão que vai me dar indigestão. Em se tratando de porco, um é pouco - dois ainda é pouco - dois ainda é pouco e três pouco demais! (O lobo mede o tamanho do porco com palmos). Nesta barriga elástica cabem pelo menos três porquinhos. O gostinho é sempre o mesmo... Ah! Ah! Ah! Agora, mãos à obra...
Narrador: O lobo sai esfregando as mãos, com ares de maldade. Os porquinhos ouvem tudo e Bolinha fica amarelo de medo.
Bolinha: Minha Nossa Senhora dos Aflitos! Estamos assados!
Narrador: Bolacha tenta acalmar seu irmão.
Bolacha: Calma Bolinha, pra tudo tem um jeito!
Bolão: Eu tenho uma idéia, mas vou avisando que dá trabalho...
Os dois: Ah, essa não! Lá vem o Bolão tocar serviço na gente de novo.
Bolão: Então tudo bem... Se preferem ser cardápio de lobo, não posso fazer mais nada. Não falo mais no assunto.
Narrador: Os dois porquinhos ficam curiosos pra saber qual é a idéia de Bolão.
Os dois: Não! Então conta. Começou, agora conta. Conta.
Narrador: Bolacha se ajoelha aos pés de Bolão pedindo para ele contar a idéia que teve.
Bolão: Está bem, pessoal, mas parem de bagunça, senão...
Os dois: O lobo vem!
Narrador: Os dois porquinhos ficam ansiosos e impacientes, esfregando as mãos.
Bolão: É o seguinte, acho que a gente podia construir uma casa de tijolo, bem forte. Assim, a gente estaria protegido do lobo para sempre!
Narrador: Bolacha e Bolinha ficam desanimados com a trabalheira.
Bolacha: Eu sabia! Tinha serviço no meio... Eu prefiro construir minha casa sozinho. Cada um tem um gosto, um tipo de decoração. Além disso, quero algo que seja rápido e prático, sem muito esforço.
Bolão: De que vai ser sua casa então, Bolacha?
Bolacha: De palha, claro! E ainda vai sobrar um tempão pra eu me divertir.
Bolinha: Sendo assim, eu construo a minha também. Só que vai ser de pau. É forte. A construção é mais ou menos rápida, mas em compensação vai sobrar tempo pra eu brincar bastante.
Narrador: Bolão fica zangado com a preguiça dos dois.
Bolão: Vocês não querem nada com dureza, heim? Então eu construo a minha de tijolo mesmo. A construção é demorada, mas tem total segurança, pois é à prova de ventos fortes, tempestades e lobo faminto! Então vamos.
Narrador: Saem os três porquinhos e entra o lobo.
Lobo: Ai que fome! Acho que estou com desejo de comer porquinhos limpos e bem tratados! Com um limãozinho e aquela pinguinha... Ai... minha boca já está enchendo de água. Ah! Vou procurar a casa do Bolacha, pois a Dona Fifi, a rainha da fofoca, me contou que a casa dele já está pronta e é uma beleza... Mas, com certeza, não é à prova de sopro...
Narrador: O lobo sai dando gargalhadas. Enquanto isso, Bolacha termina sua casa.
Bolacha: Pronto, está uma beleza! Fico encabulado comigo mesmo, como posso ser tão esperto!
Narrador: Bolacha começa a brincar de amarelinha. O lobo aparece.
Lobo: Hum... Bom dia, porquinho...
Narrador: Bolacha fica amarelo de tanto susto!
Bolacha: B... B... Bom dia... Socorro! Ai meu Deus, me ajude, que fria!
Narrador: Bolacha entra correndo para dentro de casa e o lobo fica furioso, com muita raiva.
Lobo: Saia já daí! Ou eu lanço a sua casa pelos ares, ou pelo chão... ou pelos lados... Não importa... Saia e não me irrite!
Bolacha: Você está doido, seu lobo! Não fique achando que eu estou com medo do senhor. Não... Eu apenas assustei um pouco... Faça o que quiser, minha casa ninguém derruba!
Narrador: Bolacha dá uma de corajoso, mas de tanto medo faz o nome do pai.
Lobo: Ah, é?
Narrador: O lobo sopra três vezes. A casa cai e Bolacha sai correndo até a casa de bolinha, que está varrendo a porta da casa. Bolacha chega apavorado, quase colocando o coração pela boca.
Bolacha: Socorro, Bolinha! O lobo vem aí para comer nós dois!
Bolacha: Corre aqui que eu dou uma cacetada nele. (Mostra a vassoura).
Narrador: Bolinha vê o lobo e fica apavorado.
Bolinha: Socorro! Ai, ai, ai, será que minha casinha vai resistir?
Narrador: Os dois correm pra dentro da casinha, enquanto o lobo se aproxima.
Lobo: Saiam os dois daí ou arrebento esta casinha de brinquedo!
Narrador: Bolinha fica furioso.
Bolinha: Olha aqui seu lobo, o senhor deixa de ser atrevido, casinha de brinquedo é a sua pança!
Lobo: O quê? Pois vocês vão ver...
Narrador: O lobo sopra. A casa cai e os dois saem correndo e o lobo atrás. Eles chegam à casa de Bolão, que estava com um balde de água.
Bolinha: Socorro, Bolão, nos salve!!! Seja forte e valente...
Bolacha: Mostre seus dentes pro lobo!
Bolão: Deixem de prosa, vamos já para dentro. Bolacha, morne a água e você Bolinha, pegue sabão em pó.
Os dois: Pra que isto?
Bolão: Andem logo, não temos tempo a perder!
Narrador: O lobo aparece faminto e com muita raiva!
Lobo: É demais pra mim... Três em um! Três porquinhos bem tratados e uma casa como herança! Só pode ser um presente de natal antecipado! Saiam já daí ou eu derrubo essa porcaria!
Narrador: Os três porquinhos cantam fazendo uma ciranda!
Os três: Daqui não saio, daqui ninguém me tira!
Lobo: Vocês querem me irritar, não é?
Os três: Que é isso, seu lobo! Lobo bobo! Lobo bobo!
Bolacha: Cara de ovo!
Bolinha: Seu narigudo!
Lobo: Isso já é demais! Vou usar meu super sopro e vocês vão ver...
Narrador: O lobo sopra forte e nada. Fica sem graça e sopra de novo. Nada. Aparece uma mão chamando e o lobo a segue. Ouvem-se gritos e gargalhadas.
Lobo: Banho não! Socorro! Eles querem me matar... Tenho alergia a bucha e sabão... Banho não! Tudo menos sabão.... Banho não! Nunca mais volto aqui, estes porquinhos são doidos... sistemáticos. Têm mania de limpeza! Cruz credo! Socorro!
Narrador: Os três porquinhos fizeram uma ciranda e tiraram o maior sarro da cara do lobo. Ele tomou um balde de água na cabeça e saiu correndo pela floresta.
Bolinha: Tão grande!
Bolacha: Tão medroso!
Os três: Tão bobo!
Narrador: Cansado, o lobo desistiu. Os três porquinhos se livraram de uma vez por todas do lobo e foram felizes para sempre.
Duas meninas entram conversando

A- Hoje é o dia das mães e nós precisamos providenciar um presente para a mamãe. Você tem alguma idéia?
B - Vou pensar. Ah! Já sei! Vamos fazer um bolo. O que você acha?
A- Ótima idéia, mas e a receita?
B- Muito simples, pedimos a vovó para nos ensinar a receita de um bolo gostoso e fácil de fazer.
A- Isso mesmo, vamos depressa buscar a receita.
A e B- Vovó, queremos uma receita de bolo.
Vovó- Aqui está.
B - Vamos agora ao supermercado comprar o que vamos precisar para fazermos o bolo.
A- (Sai e volta trazendo uma criança que é a farinha)
Farinha- Eu sou a dona farinha, aqui estou para começar o bolo da mamãe.
A - Você tem mãe, dona farinha?
Farinha- Sim, tenho.
A - Como se chama?
Farinha- Dona espiga de trigo.
B- (sai e volta trazendo uma criança que é o açúcar.) Aqui está o senhor açúcar.
Açúcar – sou o senhor açúcar, filho de dona cana-de-açúcar. Eu sou todo doçura e com dona farinha (dar as mãos) vou para o bolo da mamãe.
A- (Sai e volta trazendo uma criança que é a manteiga). E a senhora dona manteiga, tem mãe?
Manteiga- Sim, tenho. Sou filha do senhor leite e da dona vaca.
B- Meu Deus! Faltam os ovos, vou correndo buscar.

Entram seis crianças que são os ovos e cantam
Para o bolo da mãezinha eis os ovos bem fresquinhos
Somos filhos da galinha, mas não somos mais pintinhos

Entra um menino zangado

- Muito bonito, se eu não estivesse aqui, sabem o que iria acontecer? O bolo não cresceria, ficaria duro e a mamãe não iria gostar.
Todos- quem é o senhor?
Fermento- Meu nome é senhor fermento.

Todos em círculo como se fosse uma tigela. As crianças A e B e a vovó estão com colheres na mão, fingem bater o bolo e cantam, as crianças da tigela balançam a cabeça.

Musica ciranda:
Bate, bate, bate bolo
Que bonito vai ficar
Bate, bate, bate bolo
Que a mãezinha vai gostar.
Desfaz a roda

A- o bolo está pronto. É só assar.
B- Assar? Com que fogo?
A- Bem, pode ser assado em forno elétrico, a gás ou a lenha.
B- Hum, vovó fazia deliciosos bolos assados no forno a lenha.
A- Já sei! Vamos pedir ao dono da padaria para assar o bolo?
B- Sim, vamos.

Saem. Voltam todos com um lindo bolo. (caixa enfeitada como bolo)

A- Que lindo ficou!
B- Como está cheiroso!
A - Mamãe vai adorar!
B- Olha que lindo enfeites o padeiro colocou!
A- Vamos cantar parabéns pra mamãe?
Todos – Vamos!

Parabéns pra mamãe
Porque hoje é seu dia
Muitas felicidades
Muito amor e alegria.

Todos- Viva a mamãe! : VIVA!!!

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